Talkshow do filósofo Olavo de Carvalho dia 04 de junho de 2007 esculachando a imprensa brasileira por esconder os planos de poder da esquerda latino-americana
Conflito entre Lula e Chavez é uma farsa
mais uma matéria dele muito boa pra se ler..olavo calou a boca de muitos ....
Ambos os modelos de regime totalitário surgidos no século XX usavam contra as democracias liberais uma retórica inspirada na nostalgia da participação comunitária medieval, que o advento da moderna tecnologia substituíra pela organização impessoal da sociedade industrial e pós-industrial. Esse discurso tinha um forte apelo emocional e cultural sobre as massas de classe média semiletrada – estudantes, pequenos funcionários, jornalistas – que sempre constituíram o grosso da militância dessas duas ideologias.
No entanto, os dois tinham algumas limitações intrínsecas que tornavam essa crítica ineficaz. O comunismo não oferecia outra modalidade de participação comunitária além da inscrição num partido mundial, isto é, numa entidade abstrata sem raízes locais e tradicionais. O nazismo, ao contrário, enfatizava a ligação com as raízes, mas, como se tratava de raízes nacionais e raciais, a expansão do movimento ficava limitada às fronteiras nacionais, dificuldades insuperáveis opondo-se à formação de algo como uma “internacional nazista”.
O radicalismo islâmico, que na década de 30 foi criado por intelectuais islâmicos de formação européia, superou essas contradições e por isso conseguiu arrebanhar o apoio dos remanescentes comunistas e nazistas, bem como das novas correntes esquerdistas impregnadas de romantismo e anarquismo. Em sua formação, as filosofias de Heidegger, de Marx, de Foucault, de Sartre e de Paul de Man foram tão decisivas quanto a própria doutrina muçulmana.
O radicalismo islâmico, que está para o islamismo como a “teologia da libertação” está para o cristianismo, esvaziou o Islam de seu conteúdo espiritual, fazendo dele o programa de uma revolução mundial destinada a criar uma sociedade radicalmente igualitária. O apelo do utopismo islâmico baseia-se no senso de participação numa comunidade que é ao mesmo tempo “nacional” (o Islam se autodefine como uma “nação”), “tradicional” e “mundial”.
Assim ele conseguiu realizar a proeza de absorver e transcender todos os movimentos revolucionários anteriores, tornando-se a matriz unificada da nova revolução mundial, que acrescenta um sentido “religioso” ao utopismo revolucionário.
O neo-anti-semitismo mundial explica-se assim como fusão e poderoso revigoramento das tendências anti-semitas imanentes às três raízes dos movimentos que compõem a nova ideologia da revolução mundial:
1) Anti-semitismo sociológico (comunista), em que o judeu aparece como símbolo do capitalismo e do cosmopolitismo que se opõem às identidades tradicionais de nações e comunidades.
2) Anti-semitismo racial (nazista).
3) Anti-semitismo religioso e político (islâmico), nascido de antigos e novos conflitos de jurisdição entre as comunidades muçulmana e judaica no Oriente Médio.
Mas não se deve entender esse fenômeno como uma continuação natural do antigo expansionismo do Islam tradicional, e sim como a realização da profecia de Maomé: “Tempo virá em que nada mais restará do Islã exceto o nome, e nada do Corão exceto a aparência. As mesquitas dos muçulmanos estarão vazias de conhecimento e piedade, e os doutores da religião serão as piores pessoas sob o céu. Conflitos e disputas nascerão deles e recairão sobre eles mesmos.”
No entanto, os dois tinham algumas limitações intrínsecas que tornavam essa crítica ineficaz. O comunismo não oferecia outra modalidade de participação comunitária além da inscrição num partido mundial, isto é, numa entidade abstrata sem raízes locais e tradicionais. O nazismo, ao contrário, enfatizava a ligação com as raízes, mas, como se tratava de raízes nacionais e raciais, a expansão do movimento ficava limitada às fronteiras nacionais, dificuldades insuperáveis opondo-se à formação de algo como uma “internacional nazista”.
O radicalismo islâmico, que na década de 30 foi criado por intelectuais islâmicos de formação européia, superou essas contradições e por isso conseguiu arrebanhar o apoio dos remanescentes comunistas e nazistas, bem como das novas correntes esquerdistas impregnadas de romantismo e anarquismo. Em sua formação, as filosofias de Heidegger, de Marx, de Foucault, de Sartre e de Paul de Man foram tão decisivas quanto a própria doutrina muçulmana.
O radicalismo islâmico, que está para o islamismo como a “teologia da libertação” está para o cristianismo, esvaziou o Islam de seu conteúdo espiritual, fazendo dele o programa de uma revolução mundial destinada a criar uma sociedade radicalmente igualitária. O apelo do utopismo islâmico baseia-se no senso de participação numa comunidade que é ao mesmo tempo “nacional” (o Islam se autodefine como uma “nação”), “tradicional” e “mundial”.
Assim ele conseguiu realizar a proeza de absorver e transcender todos os movimentos revolucionários anteriores, tornando-se a matriz unificada da nova revolução mundial, que acrescenta um sentido “religioso” ao utopismo revolucionário.
O neo-anti-semitismo mundial explica-se assim como fusão e poderoso revigoramento das tendências anti-semitas imanentes às três raízes dos movimentos que compõem a nova ideologia da revolução mundial:
1) Anti-semitismo sociológico (comunista), em que o judeu aparece como símbolo do capitalismo e do cosmopolitismo que se opõem às identidades tradicionais de nações e comunidades.
2) Anti-semitismo racial (nazista).
3) Anti-semitismo religioso e político (islâmico), nascido de antigos e novos conflitos de jurisdição entre as comunidades muçulmana e judaica no Oriente Médio.
Mas não se deve entender esse fenômeno como uma continuação natural do antigo expansionismo do Islam tradicional, e sim como a realização da profecia de Maomé: “Tempo virá em que nada mais restará do Islã exceto o nome, e nada do Corão exceto a aparência. As mesquitas dos muçulmanos estarão vazias de conhecimento e piedade, e os doutores da religião serão as piores pessoas sob o céu. Conflitos e disputas nascerão deles e recairão sobre eles mesmos.”
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